A ablação térmica é um procedimento minimamente invasivo que pode ser utilizado no tratamento de tumores renais. Essa técnica consiste em destruir as células cancerígenas por meio de calor ou frio, sem a necessidade de cirurgia aberta.
Existem diferentes tipos de ablação térmica que podem ser utilizados no tratamento de tumores renais, incluindo a ablação por radiofrequência, a crioterapia (crioablação) e a ablação por micro-ondas. Cada uma dessas técnicas utiliza uma forma diferente de energia para destruir as células cancerígenas.
A ablação térmica é uma opção de tratamento para pacientes com tumores renais pequenos e localizados, que não podem ou não desejam passar por uma cirurgia aberta. Embora a ablação seja uma técnica relativamente nova, sendo que o primeiro caso foi publicado há cerca de 25 anos (1999), diversos estudos mostram que ela pode ser tão eficaz quanto a cirurgia na destruição do tumor e na prevenção de recidivas.
Princípios da Ablação Térmica de Tumores Renais
A ablação térmica de tumores renais é um procedimento minimamente invasivo que utiliza calor ou frio extremo para destruir as células cancerosas. Existem três tipos principais de ablação térmica de tumores renais: a radiofrequência, as micro-ondas e a crioterapia (crioablação).
A ablação por radiofrequência utiliza uma sonda que é inserida no tumor e gera calor através da corrente elétrica que gera ondas de radiofrequência de alta intensidade, aquecendo os tecidos vizinhos da ponta da agulha. O calor destroi o tecido tumoral e é monitorado em tempo real com imagens de tomografia computadorizada.
A ablação por micro-ondas utiliza uma sonda que emite micro-ondas para aquecer e destruir o tecido tumoral. A ablação por micro-ondas é mais rápida e mais potente do que a ablação por RF mas também pode apresentar mais complicações como sangramento. Ela pode ser usada para tumores maiores ou múltiplos.
A crioterapia (ou crioablação) utiliza uma sonda que circula um gás (Argônio) em alta pressão para congelar o tecido tumoral. O gás entra e sai pela sonda sem entrar em contato com o tecido, circulando por microtúbulos dentro da sonda. Um fenômeno da natureza relacionado à expansão dos gases faz com a temperatura dos tecidos vizinhos caia abruptamente até cerca de 160 graus negativos, o que destroi o tecido tumoral.
Em ambos os tipos de ablação térmica, o tecido tumoral é destruído e o corpo o absorve naturalmente ao longo do tempo. A ablação térmica é uma opção de tratamento promissora para pacientes com tumores renais que não podem ou não desejam se submeter a cirurgia.
Ambos os procedimentos podem ser realizados sob anestesia local + sedação ou sob anestesia geral e geralmente levam menos de duas horas para serem concluídos. Os tumores renais menores, geralmente com menos de 3 cm de diâmetro, têm mais chance de serem tratados em uma única sessão.
A ablação térmica de tumores renais é uma opção de tratamento segura e eficaz, com poucos efeitos colaterais e uma rápida recuperação, para pacientes que não são candidatos à cirurgia ou que preferem evitar a cirurgia. É importante que o paciente discuta todas as opções de tratamento com seu médico antes de tomar uma decisão sobre o tratamento do câncer renal.
Preparação para o Procedimento de Ablação Térmica
Antes do procedimento de ablação térmica, o paciente deve passar por uma avaliação médica completa para determinar se ele é um candidato adequado para o tratamento. O médico pode solicitar exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), para confirmar o diagnóstico e avaliar o tamanho e a localização do tumor renal.
Além disso, o paciente deve informar o médico sobre quaisquer medicamentos que esteja tomando, incluindo suplementos. Alguns medicamentos podem interferir com o procedimento de ablação térmica e precisam ser interrompidos antes do tratamento.
O paciente também deve seguir as instruções do médico sobre o jejum antes do procedimento e informar o médico se tiver alguma alergia ou histórico de reações alérgicas a medicamentos ou contrastes usados em exames de imagem.
Durante a consulta pré-procedimento, o médico fornecerá informações detalhadas sobre o procedimento de ablação térmica, incluindo os riscos e benefícios, e responderá a quaisquer perguntas que o paciente possa ter. É importante que o paciente entenda completamente o procedimento antes de concordar em passar por ele.
Cuidados Pós-Procedimento e Monitoramento
Após o procedimento de ablação térmica de tumores renais, é importante que o paciente siga algumas recomendações para garantir uma recuperação adequada e evitar complicações. O monitoramento também é fundamental para avaliar a eficácia do tratamento e detectar possíveis recidivas.
Cuidados Pós-Procedimento
Nos primeiros dias após a ablação, o paciente pode sentir dor ou desconforto na região tratada. É comum também haver um pequeno sangramento ou hematoma no local da punção, mas isso geralmente não requer tratamento específico. Pode ser observado um pouco de sangue na urina (hematúria – urina com coloração avermelhada). O médico pode prescrever analgésicos ou anti-inflamatórios para aliviar esses sintomas.
É importante que o paciente evite atividades físicas intensas ou carregue peso nos primeiros dias após o procedimento. O repouso é recomendado, mas sem ficar acamado por muito tempo. É fundamental manter uma boa hidratação e seguir uma dieta equilibrada.
Monitoramento
O acompanhamento médico após a ablação térmica é essencial para avaliar a eficácia do tratamento e detectar possíveis recidivas. O paciente deve fazer exames de imagem periodicamente para verificar se o tumor foi completamente eliminado e se não há sinais de novos tumores.
O intervalo entre os exames pode variar de acordo com o tipo e o tamanho do tumor, mas geralmente são realizados a cada três ou seis meses nos primeiros anos após o procedimento. Com o tempo, o intervalo pode ser aumentado, mas o acompanhamento deve ser mantido regularmente.
Caso haja alguma suspeita de recidiva, o médico pode solicitar exames adicionais, como os exames de imagem por TC ou RM e até mesmo uma biópsia, para confirmar o diagnóstico e avaliar as opções de tratamento. Uma segunda abordagem pode ser necessária em tumores maiores, com o resultado potencialmente curativo.