A lombalgia e a hérnia de disco são condições que podem afetar profundamente a qualidade de vida dos pacientes. De acordo com o Ministério da Previdência Social, a hérnia de disco e a dor lombar foram as doenças que mais geraram auxílios por incapacidade temporária no Brasil em 2023. Diante desse cenário, a Radiologia Intervencionista tem se destacado na pesquisa e realização de tratamentos inovadores para cuidar das doenças da coluna com técnicas minimamente invasivas.
Com os avanços da Radiologia Intervencionista, muitos pacientes conseguem alívio significativo da dor da coluna e retorno às atividades cotidianas com mais rapidez.
CONHEÇA ALGUNS TRATAMENTOS
Os procedimentos da Radiologia Intervencionista são guiados por imagem, como o aparelho de ultrassom ou de fluoroscopia (raios-X), e utilizam pequenos instrumentos, como agulhas finas, para tratar a área acometida pela dor. Na maioria dos casos, esses procedimentos utilizam apenas anestesia local e pode ser associada a sedação consciente.
- INFILTRAÇÕES FORAMINAIS E EPIDURAIS – são indicadas para o tratamento das doenças discais agudas (hérnias de disco sem comprometimento motor).
- INFILTRAÇÕES FACETÁRIAS – são indicadas para o tratamento das dores lombares causadas pela osteoartrite das articulações intervertebrais (facetas articulares).
- RIZOTOMIAS FACETÁRIAS – são melhor indicadas nos casos refratários ao tratamento por infiltrações das facetas articulares e podem trazer um controle prolongado dos sintomas.
CAUSAS E SINTOMAS DA LOMBALGIA
Dentre as diversas causas e sintomas de lombalgia, podem-se destacar as doenças discais agudas e as artropatias intervertebrais facetárias. Em menor frequência, as fraturas vertebrais por insuficiência e outras causas como tumores vertebrais e infecções (osteomielite) devem ser consideradas, dentro de um contexto apropriado.
As doenças discais agudas, também conhecidas como hérnia de disco, ocorrem quando o núcleo do disco intervertebral se desloca, comprimindo estruturas nervosas próximas. Essa condição pode afetar a coluna cervical, torácica ou lombar, sendo esta última a mais comum. O problema geralmente surge devido ao desgaste natural da coluna, esforços repetitivos, sedentarismo, obesidade ou traumatismos. A hérnia de disco pode levar a complicações graves, como limitação de movimentos e dor crônica incapacitante.
Os sintomas variam de acordo com a localização da hérnia, mas geralmente incluem dor intensa, formigamento, perda de força nos membros e até dificuldades motoras. Na região lombar, é comum a dor irradiar para as pernas, conhecida como ciatalgia. Já nas hérnias cervicais, pode haver dor no pescoço, ombros e braços. O diagnóstico é feito por exames clínicos e de imagem, como a ressonância magnética, que permite avaliar a gravidade da compressão nervosa.
A osteoartrite intervertebral (também conhecida como artrose da coluna ou artropatia facetária) também é bastante frequente e se manifesta cronicamente, e pode estar relacionada ao envelhecimento, aos movimentos repetitivos mal-orientados (como no trabalho ou durante o exercício físico), à postura inadequada, à escoliose, ao sedentarismo e fraqueza da musculatura lombar, às lesões traumáticas, ao sobrepeso e obesidade, além de fatores genéticos.
A escolha do tratamento adequado depende da avaliação médica e da gravidade da hérnia, mas as técnicas minimamente invasivas têm se mostrado uma solução promissora. Dessa forma, a radiologia intervencionista representa um grande avanço na medicina, proporcionando mais qualidade de vida para quem sofre com essa condição debilitante.
Texto validado pelo Dr. Ricardo Freitas – médico radiologista intervencionista, pesquisador e Professor Colaborador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. CRM-SP: 138.519
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